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Aquela casa era de visitar.
Aquela árvore era exclusivamente para sossego, do tipo que se dorme embaixo e sonha doce, com palavras de carinho e abraços quentes. No entanto, servia também para voar e contudo de lá era possível ver o mundo e todas as coisas.
A mulher que morava ali era predestinada a vigiar o tempo os risos e os sons.
Naturalmente se permitia chorar em tormentas curtas e se fragilizava com alguns carmas da humanidade.
Naturalmente o sossego se torna monotonia, do tipo chatisse mesmo, mas ousada do jeito que é, em todo início de primavera, ela se joga sem medo no mundo e transforma tudo que toca.
E assim, coberta de consciência e vida volta pra árvore, para casa e pro corpo.
Voa.
Visita a si mesma de tempos em tempos.

SOBRE SOSSEGO

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