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MÁRCIO FULBER

IDENTIDADE VISUAL
 

É só mais um passo criança, não tenha medo, ande!
Ensinaram-lhe a falar mas não foi o suficiente, ele queria cantar.
Ensinaram-lhe a tocar instrumentos sofisticados, mas não foi o suficiente pois sentia o som das coisas improváveis. 
Ensinaram-lhe a se vestir, comer, dormir. Bastava-lhe o céu azul.
Ousaram lhe ensinar as horas, ele fez do tempo uma corda bamba. Brinque!

É só mais um passo menino, não tenha medo, ande!

Ensinaram-lhe a pentear o cabelo, não foi o suficiente ele usa chapéu!
Ousaram prendê-lo em salas, quartos, cozinhas, mas ainda não era o suficiente, ele queria a terra, a rua, o mundo! 
É só mais um passo homem, não tenha medo, ande!

Ainda acho que ele se sente dono de tudo, e de fato é, ainda acho que ele estará nas manchas, nos muros, nas estradas, nos prédios velhos, nos ventos que carregam folhas e poeira. Quanto mais anda, andarilho, mais pertence a todos, mais filho e pai da terra tu és!

É só mais um passo velho, não tenha medo, ande! 
Vez ou outra volte pra encontrar aqueles que foi, mas por hoje ande!
Ele é dia e noite, suave e rústico. Contraponto.

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